O diretor de Engenharia da Universo Empreendimentos Ltda, Bruno Soares de Melo, denunciou ao governador Eduardo Campos que o administrador da ilha, Romeu Neves Baptista, estaria manobrando para privilegiar uma das concorrentes. “Não entendemos porque o edital foi lançado de modo a privilegiar apenas uma empresa, a Engemaia”, reclama, em ofício que chegou a casa civil do governo no dia 24 de maio. “Só uma empresa dentre as 25 que compraram o edital reune as condições necessárias para se habilitar ao processo licitatório”, descreve.
Segundo a Universo, para tirar as demais empresas do caminho da Engemaia, a administração inflou os quantitativos exigindo prazo de 30 meses como condição de habilitação. “É suspeito, pois a nossa empresa já opera na limpeza urbana da ilha há 18 meses.
Como não detemos os requisitos mesmo executando os requisitos que contemplam o edital direcionado?”, questiona. “Ora, por tratar-se de serviços realizados de forma contínua e prestados mensalmente, a exigência deveria ser de quantitativos mensais”.
Na carta ao governador, um homem bastante inteligente, o executivo lança mão de uma ironia fina para asseverar que o que classifica como absurdo da situação. “Em um caso hipotético, uma empresa realizou limpeza urbana na cidade do Recife, que tem 1,8 milhão de habitantes e 450 vezes maior do que a ilha, por um período de 12 meses.
Pelo edital, ela seria alijada do processo por não possuir um prazo de 30 meses”.
Noutro trecho, para ilustrar o suposto direcionamento, a empresa cita que a certidão de acervo técnico emitida pelo CREA, em nome da Engemaia, coincide EXATAMENTE (grifo da empresa) com as exigências do edital.
A empresa também reclama que Romeu Neves Baptista elaborou planilhas de preços e especificações técnicas sem o devido e obrigatório parecer de nenhum membro de sua diretoria de articulação institucional ou engenheiro, como manda a lei de licitações.
Daqui a pouco, mais detalhes.
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