O ministro da Fazenda Guido Mantega voltou a negar a partilha, com os Estados, dos recursos arrecadados com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Isso apesar da esperança dos gestores estaduais, no Terceiro Encontro de Governadores Nordestinos, em Fortaleza (CE). “Coloquei claramente a minha visão desfavorável para a divisão da CPMF com o Estados, porque os recursos do tributo são esses que estão permitindo financiar o aumento de gasto com saúde, o aumento de gasto com educação.

Não é um dinheiro que está sobrando, é um dinheiro que já está alocado”, argumentou.

Depois, disse que obras na região seriam inviabilizadas caso essa verba fosse repartida. “Se você tirar dinheiro de lá, terá de reduzir os investimentos estabelecidos aqui, como a BR-101, a Transnordestina, a Revitalização do Rio São Francisco.” Segundo o repórter Giovanni Sandes, da Editoria de Economia do JC, que cobriu o evento em Fortaleza, o curioso é que os governadores afirmaram na memória (relatório) da reunião que o ministro havia topado fazer a partilha.

A julgar pelo apetite do governo federal, é mais provável que a versão de Mantega prevaleça.