Da Editoria de Política do Jornal do Commercio O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) subiu à tribuna nesta quinta (24) para acusar a Polícia Federal de agir “politicamente” e favorecer petistas e pessoas ligadas ao governo em suas operações, inclusive na Navalha, que desbaratou um esquema de fraudes em licitações.

De acordo com ele, a PF “vem cometendo abusos sistemáticos, que não podem ser ignorados pelo Congresso”.

O senador recebeu o apoio de vários colegas, inclusive da base aliada.

Há duas semans, Jarbas já havia feito duras críticas à atuação da PF.

Jarbas Vasconcelos, que faz oposição ao governo mesmo estando num partido da base aliada, acusou o ministro da Justiça, Tarso Genro, de permitir vazamentos das investigações pela PF para prejudicar os adversários.

Ele lembrou que Tarso já foi presidente do PT e citou as operações em que Delúbio Soares e Waldomiro Diniz teriam sido beneficiados. “O Congresso não pode ficar assistindo a tudo isso calado”, protestou.

Jarbas também manifestou apoio ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que teria sido envolvido no escândalo por meio de vazamentos que sugeriam que ele poderia ter sido agraciado com presentes da construtora Gautama.

O suposto vazamento teria sido uma represália à atuação do ministro, que concedeu habeas corpus a presos pela Operação Navalha.

Jarbas disse que não se pode permitir que o País caminhe para o “Estado policial”, termo usado pelo próprio Gilmar Mendes em reação ao envolvimento de seu nome no episódio.