O Recife teve um dia conturbado nesta quarta (23).
Passeatas pelas ruas do centro engarrafaram o trânsito e atrapalharam a vida de milhares de pessoas.
Nem a chuva que caiu em alguns momentos da tarde desanimou as entidades que articularam o movimento.
Uma das manifestações reuniu cerca de duas mil pessoas, entre servidores públicos federais, estaduais e municipais, estudantes, empregados da iniciativa privada e integrantes do Movimento dos Trablhadores Rurais Sem Terra (MST).
A passeata - na verdade a segunda do dia, já que trabalhadores do MTL fizeram uma outra caminhada em direção ao Palácio do Campo das Princesas - saiu da Praça Oswaldo Cruz, na Boa Vista, por volta das 16 horas.
E seguiu até a Praça do Carmo, paralisando o trânsito na Av.
Conde da Boa Vista e nas ruas próximas.
Mas ao contrário da primeira manifestação, onde saiu até tiro para o alto, disparado por um militar, a caminhada transcorreu de forma pacífica.
Foi organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e pela Nova Central Sindical, como parte de um movimento nacional contra a Emenda 3 - que altera as relações de trabalho no país. “Aceitar a Emenda 3 é rasgar a CLT, é não garantir mais qualquer direito ao trabalhador e centralizar renda”, argumenta José Carlos Oliveira, coordenador-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Pernambuco (Sindsep).
Os funcionários públicos federais também pediram a retirada do Projeto de Lei nº1, que está no Congresso Nacional.
A matéria cria um limite anual de crescimento da folha de salários equivalente a 1,5% mais a inflação. (Com informações da Editoria de Cidades do Jornal do Commercio)