Da Folha OnLine Os senadores do PMDB querem manter o controle do Ministério de Minas e Energia e já estão indicando nomes para o lugar de Silas Rondeau, que renunciou ontem depois as denúncias de que estaria envolvido nas fraudes em licitações apuradas pela Operação Navalha, da Polícia Federal.
Rondeau é afilhado político dos senadores José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL).
Entre os cotados para o cargo estão José Antonio Muniz Lopes e Astrogildo Quental, ambos ex-diretores da Eletrobrás.
Até o presidente Lula decidir, fica no cargo interinamente o secretário-executivo da pasta, Nelson Hubner.
Investigado pela PF, Rondeau entregou terça-feira (22) uma carta com seu pedido de exoneração ao presidente Lula.
O escândalo começou a atingir Rondeau quando a PF prendeu durante a Operação Navalha Ivo Almeida Costa, que era assessor especial do gabinete do ministro.
A PF tem imagens de câmeras do serviço de segurança do Ministério de Minas e Energia que mostram uma funcionária da Gautama, Fátima Palmeira, entrando no ministério pelo elevador privativo no dia 13 de março, portando um envelope de cor parda, no qual a PF acredita que estavam R$ 100 mil que seriam dados como propina.
Pelas imagens, Fátima Palmeira se dirige até o andar do gabinete de Silas Rondeau e lá, encontra-se com o assessor do ministro.
Rondeau disse em sua carta que são “injustas e descabidas inverdades” as acusações de que teria recebido R$ 100 mil em propina da empresa Gautama.