Uma idéia que deu certo em vários países, financiando o crescimento do setor imobiliário, será tentada também no Brasil, a partir das próximas semanas.
Trata-se do lançamento de títulos imobiliários na bolsa de valores.
No caso, pelo Banco Real, na Bovespa.
A idéia, segundo Marcelo Barbosa, diretor de crédito imobiliário do banco, é diminuir a dependência que existe hoje, no país, em relação à poupança e ao FGTS como fontes de recursos para o setor.
Atualmente, considerando apenas os bancos privados, o Real detém a maior carteira imobiliária do país para pessoas físicas: cerca de R$ 2,4 bilhões e 27 mil contratos.
Para 2008, a meta é bater nos R$ 4 bilhões. “Juros menores e crescimento do PIB vão provocar uma explosão no crédito imobiliário no próximo ano”, avalia Marcelo Barbosa.
No México, a queda na taxa de juros elevou a participação do crédito imobilíário para 10% do PIB do país.
No Brasil, este índice situa-se hoje na casa dos 3% - mostrando que ainda existe um grande espeço para o setor crescer. “Crescimento do PIB é crescimento de renda e o tomador pode trocar o aluguel pelo crédito imobiliário”, acredita o diretor do Real.
Barbosa garante que, para o investidores na bolsa, os títulos aparecem como um grande negócio.
Isso porque eles serão remunerados a uma taxa de aproximadamente 9% ao ano, durante 20 anos - período médio dos contratos imobiliários.
E os juros praticados na economia como um todo apontam uma tendência de queda, fazendo prever a realização de ganhos importantes ao longo do tempo.