Depois de uma reunião que terminou sem acordo, ontem, os policiais federais resolveram fazer uma greve de 72 horas a partir de hoje.
Foi a terceira tentativa de acordo em torno do reajuste salarial, desde fevereiro, quando os policiais federais iniciaram o estado de greve.
As informações são da Agência Brasil. “O encontro foi insatisfatório.
Eles apresentaram uma proposta que sequer consideramos, porque falta seriedade por parte do governo nessa negociação”, disse o presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Sandro Torres Avelar.
Segundo o sindicalista, o governo apresentou a mesma proposta que já havia levado às reuniões anteriores - o repasse do reajuste de 30%, acertado em 2006, em duas parcelas – em março de 2008 e em março de 2009.
A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) quer que o governo pague uma parcela em junho deste ano e a outra em junho de 2008.
Vários serviços da PF devem ser prejudicados, como a emissão de passaporte e o controle de passageiros em portos e aeroportos.
As investigações da Operação Navalha, que investiga o pagamento de propinas por uma empreiteira, também podem ser atingidas.
Governo e policiais federais voltam a se reunir quinta-feira.
Em São Paulo, segundo site Terra, a paralisação já provoca fila na Superintendência da PF de São Paulo.
A atendimento para emissão de passaporte começa às 8h, mas 8h30 as portas ainda não tinham sido abertas e mais de 100 pessoas aguardavam na fila.
Os funcionários também pretendem fazer operação padrão nos aeroportos do País, aumentando a fiscalização em vôos internacinais.
Outra categoria que permanece em greve é a dos servidores do Banco Central.
A paralisação foi decidida no último dia 3.
A principal reivindicação da categoria é a equiparação dos salários com os ganhos dos auditores da Receita Federal.
Os funcionários do BC ganham, em média, R$ 7,1 mil e os auditores da Receita, R$ 10,2 mil.
Esta é quarta paralisação que os funcionários do Banco Central este ano.
Os funcionários pararam por 24 horas, em 28 de março.
Na semana seguinte, pararam por 48 horas; depois, por 72 horas.
Até deflagrarem a greve por tempo indeterminado.