O tenente-coronel Dilson Meira negou agora há pouco, em entrevista ao blog, que as mortes dos acusados de assassinato Manuel Luciano Ferreira e Rogério Ferreira Rodrigues tenham sido resultado de uma operação oficial desencadeada pelo Batalhão que ele comanda: o 9o, com sede em Garanhuns.
Manuel Ferreira e Rogério Rodrigues eram suspeitos de terem assasinado o PM Edjasme dos Santos, na cidade de Bom Conselho.
Os corpos foram encontrados nesse sábado (19).
De acordo com o site Alagoas 24 horas, apresentavam marcas de tortura e vários tiros de pistola 380 e espingarda 12.
Uma das vítimas estava com as mãos amarradas para trás.
Os cadáveres foram autopsiados no IML de Arapiraca (AL).
Manoel desapareceu na noite de quinta (17), após sair do velório do PM morto (de quem ele era primo), enquanto Rogério foi levado à força da sua casa por homens não identificados.
Até a noite desse sábado, no entanto, o tenente-coronel Dilson Meira não tinha informações sobre as mortes.
Ele só conseguiu confirmação na manhã deste domingo (20).
E disse que determinou ao comandante da companhia de Bom Conselho, capitão Bonerges, investigar o episódio. “Operação oficial não houve”, assegurou o tenente-coronel. “Mas muitos policiais às vezes saem para vingar o companheiro morto”, admitiu.
Segundo ele, é possível que até a manhã desta segunda (21) já se saiba o que aconteceu precisamente.
Nesse sábado, durante o jantar de homenagem ao coronel Luiz Meira, seu irmão, Dílson explicou que iria chegar aos responsáveis pela morte do PM em Bom Conselho através do serviço de inteligência da PM, numa ação articulada com a Polícia Militar de Alagosas.
Ele adiantou, inclusive, que tinha o perfil dos suspeitos.
Os dois integrariam uma gangue de 8 pessoas, todas foragidas de presídios.