O tenente-coronel Dilson Meira comanda o 9o.

Batalhão, em Garanhuns, desde janeiro passado.

E se orgulha dos números que conseguiu alcançar.

Segundo seus cálculos, houve redução de 39%, em média, nos índices de criminalidade na região, entre fevereiro e abril. “Desarticulamos 11 gangues nas 21 cidades cobertas pelo 9o.

Batalhão”, conta. “Agora a região ficou mais tranqüila.

Antes estava entregue às baratas”, analisa Dilson Meira, que tem 48 anos, 29 de PM.

Ele diz que solicita à justiça, semanalmente, de 4 a 6 mandados de busca. “No ano passado, foram apenas 4 durante os 12 meses”, garante, criticando o comando anterior. “Assim, a bandidagem mandava no pedaço”.

Para conseguir melhores resultados operacionais, o coronel explicou que vem estimulando a auto-estima da tropa.

Afastou 7 oficiais que tratavam os subordinados de “maneira humilhante”.

Mudou a escala de serviço de 24 por 48 (24 horas trabalhando por 48 folgando) para 24 por 72 (a folga aumentou em um dia).

Assim, teria conseguido maior compromisso e efetividade.

O 9o.

Batalhão de Garanhuns deveria trabalhar com 900 homens.

Tem apenas a metade. “Mas cada um vale por dois”, diz o comandante, bem ao estilo de seu irmão mais velho - o coronel Luiz Meira, diretor geral de operações da PM, que é criticado pelos grupos de direitos humanos e amado pela tropa.