Da Agência Brasil O lançamento do programa Água para Todos, que visa ao abastecimento da população ribeirinha do São Francisco, será feito a partir do dia 4 de junho, durante uma viagem do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, da nascente do rio até a sua foz.

Segundo o ministro, a iniciativa teve o objetivo de responder ao que classificou de a “única crítica efetivamente convincente, correta e não manipulada” que ouviu ao projeto de transposição do São Francisco: de que a obra deixaria de atender pequenas comunidades que vivem às margens do rio. “Havia a crítica, que eu considero absolutamente legítima, ao fato de você ter um projeto que leve água ao Nordeste Setentrional, a uma distância significativa, e ter moradores das margens do Rio São Francisco, às vezes a 5 quilômetros, que estavam tão longe do acesso à água quanto aqueles para quem nós vamos levar”, afirmou o ministro. “Foi incorporando essa crítica que criamos o programa, que vai atender muito os municípios de Minas Gerais, Bahia, Sergipe e Alagoas”, explicou. “As comunidades que estejam às margens do Rio São Francisco vão ser atendidas com projetos que levarão água para o consumo humano”.

De acordo com o ministério, o Água para Todos deve contar com cerca de R$ 300 milhões para a instalação de canais, poços e cisternas, possibilitando o abastecimento de aproximadamente 1,8 mil comunidades.

Geddel Vieira Lima disse que as ações que tramitam na justiça “não trazem nada de novo” em relação às que já foram analisadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Não creio que haja novidade nessa área”, contou. “Se eventualmente houver, vamos lutar também no campo jurídico para implementar a obra”.

Para o ministro, a polêmica em torno do projeto vai acabar à medida em que o governo debater o assunto com a sociedade. “Tenho absoluta certeza de que nosso dever agora é continuar debatendo com a sociedade, incorporando sugestões, melhorando o projeto, sobretudo naquilo que diz respeito à questão da revitalização do rio para que o São Francisco volte a ter a força que sempre teve e, mais do que isso, consiga preservá-la”, destacou.