Anúncio do dique seco 2 cria maior pólo naval do País no RS.

Por Políbio Braga, do RS “Vamos duplicar o dique seco de Rio Grande”, assim, desta forma seca, a ministra Dilma Roussef explicou para o prefeito de Rio Grande, Janir Branco, a decisão praticamente tomada pelo governo de definir para o RS a instalação do chamado dique 2, que será usado pela Petrobrás para construir suas novas plataformas oceânicas de exploração de petróleo.

Dilma falou com o prefeito do PMDB e com a governadora Yeda Crusius na tarde desta sexta-feira.

O papo ocorreu logo depois da reunião que Dilma manteve com Lula.

O dique 2 estava nas mãos de Rio Grande, foi parar no Recife por obra e graça da Camargo Correia e agora parece ter voltado.

Em Rio Grande, a W Torre toca com 700 homens a construção do dique seco 1, onde investe R$ 220 milhões, que depois de pronto irá para a Petrobrás.

Ali serão reparados navios e plataformas oceânicas.

A P55 poderá sair ali.

Um negócio de US$ 1,5 bilhão.

A conquista do dique seco 2 (ainda depende da decisão final da Petrobrás, sujeita a muita pressão política) permitirá que o pólo naval de Rio Grande avance a um ponto de não retorno.

O prefeito Jair Branco avisou a esta página que o outro empreendimento do pólo naval, a construção da plataforma oceânica P53 por parte do consórcio Quyp, mobiliza neste momento 1.600 trabalhadores.

Os módulos da plataforma estão sendo construídos no porto público à esperas do casco que está sendo fabricado em Cingapura.

Uma plataforma desse tipo não sai por menos de US$ 1,5 bilhão, mas Rio Grande ficará com uma parte apenas do empreendimento (os módulos).

Foi o governador Rigotto e o seu secretário da Sedai, Luiz Ponte, quem atraiu os negócios para Rio Grande.

Yeda não deixou a peteca cair. .

O pólo naval – o maior do Brasil - pode ensejar negócios de quase US$ 5 bilhões em curto prazo, gerando alguma coisa como 5 mil empregos diretos (2.200 já estão nos canteiros de obras).

O Brasil não fabricava e nem reparava navios e plataformas oceânicas, o que só veio a ocorrer com a chegada de Lula ao governo.