Por Júlio Ferreira julioferreira@superig.com.br Em uma Câmara repleta de mensaleiros, lobistas e deputados que usam o mandato como artifício para, com o uso da imunidade parlamentar, fugir da Justiça, é um exagero colocar em pauta o pedido de cassação de Clodovil Hernandes, por causa de “futricas” de bastidores.

Afinal de contas, quem votou em Clodovil, sabia da sua incontinência verbal e da sua incontrolável atração pela mídia, e esperava exatamente que ele fizesse o papel de “exótico”, tal como está fazendo.

Por outro lado, a declaração de Clodovil, ao dizer que “as mulheres se tornaram vulgares, ordinárias, cheias de silicone e que atualmente trabalham deitadas e descansam em pé”, embora impertinente, nada mais é do que o livre exercício do seu direito de opinião, tal como ocorreu ao taxar de feia a deputada Cida Diogo (PT-SP), durante entrevero nos corredores do Congresso.

Será que não está na hora do Congresso deixar de perdertempo com “fofocas”, para começar a pegar no batente?