O vice-presidente de Administração de Recursos da Caixa Econômica Federal, Bolívar Carrago, disse agora há pouco em entrevista exclusiva a Jamildo, que estão sendo estudadas três alternativas para resolver o impasse com o Governo de Pernambuco em torno dos 30% das ações da Compesa negociados com o banco federal em 1999.

Na primeira, a Caixa assume as ações e as revende ao BNDES que, por sua vez, pode colocá-las no mercado para que outras empresas interessadas possam comprá-las. “Essa é uma boa opção, mas depende do interesse de outras instituições”, avaliou.

Na segunda alternativa, a Caixa assume as ações e depois as revende ao próprio Governo do Estado. “Essa venda se daria a prazo e também é viável jurídica e financeiramente”.

Na terceira hipótese, o Estado assumiria a dívida perante a Caixa. “Mas esta me parece a saída menos viável”, admite Carrago, diante da resistência do Governo de Pernambuco.

De qualquer modo, ele contou que desde o início do governo Eduardo Campos as negociações evoluíram bastante. “Em um prazo curto chegaremos a um acordo e voltaremos a operar com o Estado”, assegurou.

O executivo está no Recife nesta quinta (17), assistindo à reunião em que estão sendo apresentados os resultados de 2006 da instituição, no Recife Palace, em Boa Viagem.

ATUALIZAÇÃO Nesta quarta (16), o Blog publicou que o BNDES iria fazer a atualização do valor da Compesa a pedido do Governo do Estado.

A revisão tem como objetivo mostrar que as ações da empresa merecem o interesse de eventuais compradores.

A Compesa tem hoje um faturamento de R$ 530 milhões e deu um lucro de R$ 25 milhões, mesmo não operando a pleno vapor.

Desde dezembro de 2005, o Jornal do Commercio já antecipava em primeira mão a opção de se resolver o problema via BNDES.

Veja o que já publicamos sobre o assunto aqui.