Ainda quando era repórter especial do JC, publiquei uma série de reportagens sobre as bandalheiras com lixo em Jaboatão dos Guararapes.

Nada mudou, mas vale a pena reler: Veja a edição do JC no dia 04 de dezembro de 2005, por exemplo.

Lixo causa polêmica em Jaboatão JAMILDO MELO Os vereadores de Jaboatão dos Guararapes André Campos (PT) e Geraldo Cisneiros (PSDB) denunciaram ao Jornal do Commercio que a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes elevou em 50% os gastos com a limpeza urbana contratando, sem licitação, uma quarta empresa (Viva Ambiental e Serviços Ltda) para a realização dos serviços de recolhimento de lixo, sem ter reduzido os gastos com as outras três empresas (Construtora Ricardo Neves, Locar Saneamento Ambiental e Gel-Garanhuns) que dividiam originalmente o serviço, até março deste ano.

Depois de tentarem abrir uma CPI do Lixo na Câmara Municipal, sem sucesso, os vereadores prometem entrar com uma representação no Ministério Público de Jaboatão pedindo a anulação dos contratos, alegando que eles são antieconômicos e prejudiciais aos cofres públicos. “O prefeito Newton Carneiro está pagando hoje 50% a mais pelo mesmo serviço de antes.

Quando ele assumiu, o gasto com as três empresas de lixo era de cerca de R$ 1 milhão.

Hoje, esse gasto mensal chega a R$ 1,5 milhão, com a contratação da empresa Viva Ambiental, que ganhou uma fatura de R$ 500 mil por mês.

Desde março que se denuncia na Câmara Municipal que a firma ia entrar, embora não haja necessidade da contratação.

O volume do lixo é o mesmo e não houve redução dos valores pagos às outras empresas.

Esse esquema precisa ser investigado”, reclama André Campos.

O vereador Geraldo Cisneiros, presidente da Comissão de Obras e Serviços Públicos da Câmara Municipal, diz que os contratos são irregulares porque a Câmara não deu autorização para contratações emergenciais de lixo. “Não há justificativa para elevação dos gastos nessa área.

O município não aumentou (sua área).

O volume de lixo também não aumentou.

As entradas do lixão da Muribeca também não aumentaram.

O Ministério Público precisa investigar essa caixa preta”, afirmou Geraldo Cisneiros, referindo-se à manutenção de contratos emergenciais com as empreiteiras, um ano após o Tribunal de Contas do Estado (TCE) ter mandado suspender a licitação organizada pelo ex-prefeito Fernando Rodovalho.

Caso se interesse pela denúncia, o MP terá um amplo material para consultas.

As contratações rendem polêmica desde o ano passado.

No dia 1º de dezembro de 2004, o então presidente do TCE, conselheiro Carlos Porto, mandou cancelar a concorrência, no valor de R$ 98 milhões (em cinco anos), depois de constatar irregularidades no edital.

Pelo menos desde maio de 2004, as empresas Construtora RN, Locar e Gel-Garanhuns já prestavam serviços à Emdeja, igualmente com contratos emergenciais, seguidamente aditados (renovados), mesmo após o início da gestão Newton Carneiro.