Mesmo com o protesto dos PMs, nas galerias da Assembléia Legislativa, o governo Eduardo Campos aprovou com facilidade, em segunda discussão, o projeto que amplia as vagas para promoção na Polícia e no Corpo de Bombeiros militares.
Insatisfeitos, os policiais e bombeiros do quadro de administração, em especial os sargentos, e também os oficiais dentistas, chegaram a lotar a Assembléia Legislativa, desde às 14 horas, para protestar contra o projeto.
O placar da votação foi 32 votos a favor e 1 voto contrário, dado pelo líder da Oposição, Pedro Eurico, que pediu verificação de quórum e, nesta situação, é obrigado a permanecer em plenário.
Teoricamente, a oposição é formada por 16 deputados, de um total de 45 nome.
O curioso é que três deputados de Oposição deram aval à matéria.
Um deles foi Sabastião Rufino, DEM, coronel aposentado da PM.
Carlos Santana, do PSDB, também votou a favor.
O terceiro voto foi dado por Romário Rias, do DEM.
Romário Dias, ex-presidente da AL, justificou o voto favorável como uma estratégia de médio e longo prazo.”Eu pedi a Pedro Eurico para não fechar questão quanto ao projeto.
Como podemos ser contra um projeto que vai oxigenar a PM?
Se a gente votar contra agora, como poderá ir ao governo mais tarde e pedir para melhorar a proposta.
Tudo tem o primeiro passo.
Este é o primeiro passo, por Pernambuco”, declarou, ao repórter Sílvio Burle, que acompanhou a votação do polêmico projeto.
De manhã, o presidente da Associação dos Oficiais, Subtenentes e Sargentos (AOSS), Cap.
Vlademir Assis, já havia reclamado do projeto. “Não é oxigenação das polícias. É carbonização”.
De tarde, comentou que não era pacote, era um embrulho.
De manhã, um carro de som estava circulando pelas ruas do Derby convocando a tropa para a mobilização.