Depois de invadir o prédio da Câmara dos Deputados, em junho do ano passado, numa ação promovida pelo MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra), o petista Bruno Maranhão está se preparando para invadir a superintendência estadual do Incra, nesta terça-feira.
No protesto de 2006, servidores da Câmara foram agredidos pelo grupo e vários objetos destruídos.
Bruno chegou a ser ameaça de expulsão do partido.
No evento de amanhã, trata-se de um factóide do petista, aliado da ex-superintendente Maria de Oliveira, que caiu na semana passada.
A alegação oficial deve ser cesta básica para movimentos sociais, mas o real motivo é uma represália pelo afastamento da amiga.
A distribuição de cestas, por sinal, é atribuição, hoje, da Conab, não do Incra.
Conforme informou o Blog na semana passada, a liberação de verbas a rodo garantiu simpatia dos movimentos sociais no Incra local por Maria de Oliveira.
Antes de sair, a superintendente demissionária liberou um pagamento de R$ 850 mil para a Casa da Mulher do Nordeste, ligada a Bruno Maranhão.
No total, antes disto, entidades ligadas a Bruno Maranhão já havia recebido liberações de R$ 1,7 milhões.
Mesmo com parecer contrário da Procuradoria local do órgão.
Jaime Amorim, do MST, é outro dos apoiadores de Maria de Oliveira.
Tem seus motivos.
Tudo que ele pediu recebeu do órgão, com liberações entre 2005 e 2007 que já montam R$ 8 milhões para uma entidade chamada Cooptecara, ligada ao MST de Amorim.
Oficialmente, os recursos financiam prestações de serviço de apoio ao pequeno produtor.
Na confusão de 2006, Maranhão negou que tenha organizado a invasão à Câmara.
Ele afirmou que perdeu o controle dos integrantes do MLST quando eles foram impedidos de entrar na Casa.
Pela invasão, cerca de 400 pessoas chegaram a ser presas e aguardaram o julgamento em liberdade.