Somente no final da conversa, por volta das 14 horas, percebo que Meira não está usando o sapato social que compõem o fardamento dos oficiais. “Não solto o meu coturno por nada”, diz, quando questionado se não estava destoando. “Se não me obrigarem, vou seguir assim”. “Tenho o maior orgulho da tropa de choque da PM.
São meus amigos, todos de bem.
Pode escrever ai.
Tudo que eu sou na vida eu devo a eles”, justifica.
Quando era responsável por essa guarnição, Meira dava uma mão de milho no período de São João e cestas básicas após a missa de graças no Ano Novo.
Quando um deles caia doente, em qualquer época do ano, também ajudada a levar feira. “Por incrivel que pareça, se um policial adoece, ele perde as gratificações, quando mais precisa.
Também perde a possibilidade de fazer trabalho voluntário remunerado.
Se ele está incorporado, porque não ajudá-lo?”, explica, ajudando a entender porque é tão querido na tropa.