E continua o bate-rebate entre o presidente da EMTU Dilson Peixoto e a deputada estadual Terezinha Nunes sobre o contrato com a empresa mineira Tacom para a bilhetagem eletrônica do sistema de transporte coletivo do Grande Recife.
No último capítulo da contenda, Terezinha apresentou um documento datado de 1998 revelando que já no último mandato de Miguel Arraes o Estado previa pagamentos adiantados à Tacom - procedimento também adotado pelos governos da União por Pernambuco e que vinha sendo fortemente criticado por Dilson.
Em nota enviada ao Blog nesta sexta (11), o presidente da EMTU disse que a deputada agiu de má fé.
Agora, Terezinha volta à carga.
Confira. “Caro Jamildo: Apenas para repor a verdade e tentar por fim ao lenga-lenga do Dr.
Dilson Peixoto, solicito a publicação a seguir em seu blog. - Nunca tive objetivo de polemizar sobre questão tão relevante que é o Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife; - O assunto foi levantado inicialmente por ação do Presidente Dilson Peixoto quando anunciou à imprensa que estava acabando com o seguro a que têm direito todos os passageiros dos ônibus metropolitanos.
Nos colocamos publicamente contra isso, assumindo a defesa da população, e, no dia seguinte, ele voltou atrás após recriminação que recebeu do governador, também registrada pela imprensa. - Acho que, ao me colocar contra essa arbitrariedade envolvendo os passageiros e informando que como secretária jamais tinha pensado nisso, exerci corretamente o meu papel de cidadã e de deputada da oposição; - Mas, talvez, em decorrência desse meu posicionamento, o Presidente passou a questionar, sem o devido conhecimento, os atos praticados pela EMTU, desde o início da implantação da Bilhetagem Eletrônica; - Inicialmente questionou a necessidade e oportunidade de comprar os cartões eletrônicos adquiridos na gestão de Mendonça Filho.
Disse que não eram necessários e que parte do pagamento feita, antecipadamente, era incorreta juridicamente. - Resolví então, em pronunciamento na Assembléia, enfrentar a forma subriptícia com que Dilson estava se posicionando e mostrei provas de que ele havia pago à Tacom parcelas do contrato que questionava e recebido os cartões.
Também exibí decisão do Tribunal de Contas que, consultado pela EMTU sobre a operação com a Tacom, considerou legal a antecipação, uma vez que os cartões são adquiridos no Exterior e, como tal, a empresa fornecedora só poderia fazer a encomenda pagando com antecipação, por exigência comercial dos fabricantes. - Registre-se, ainda, que o pagamento não envolveu qualquer risco, tendo em vista que os créditos mensais da TACOM junto a EMTU, pela prestação de outros serviços vinculados ao funcionamento operacional da Bilhetagem Eletrônica, são superiores a parcela paga pela EMTU no Contrato que está sendo questionado pela atual Diretoria.
O recebimento dos cartões e o pagamento realizado pela atual gestão comprovam a correção e lisura do Contrato; - Quanto à análise que fizemos de todo o processo de implantação da Bilhetagem Eletrônica, onde fica evidente que foi iniciada com o Contrato assinado em 10 de agosto de 1998, apenas reproduzimos cláusulas do mesmo, sem nenhum julgamento precipitado; - Fica claro no Contrato que apresentamos anteriormente que, embora o mesmo tenha sido assinado entre entes privados, foram utilizados recursos públicos para o seu pagamento, uma vez que as contas do vale-transporte e do passe estudantil são constituídas de recursos públicos geridos pela EMTU, desta forma o pagamento antecipado também constituiria um ilícito, se fosse levado em consideração o que dissera Dr.
Dilson. - Como se vê, a má-fé não é nossa.
A má-fé na interpretação dos fatos é de parte do Dr.Dilson, uma vez que o centro da discussão é a utilização de recursos públicos, o que fica absolutamente claro no caso: - Em nenhum instante levantamos qualquer dúvida sobre a conduta de todos os ex-presidentes da EMTU e do seu corpo técnico e funcional, que sempre trataram de forma competente e zelosa os interesses maiores do STPP, sem permitir o seu aproveitamento político-eleitoral.
Diferente do que está fazendo o atual presidente. - Também nunca citamos o nome de ninguém.
Quem citou o ex-governador Miguel Arraes e o ex-presidente da EMTU, Osvaldo Lima Neto, foi o próprio Dilson, como que interessado em buscar amparo para justificar suas errôneas posições. - Estranho, por fim, que Dr.Dilson tenha dito que tem mais o que fazer do que entrar em polêmica.
Ora, a polêmica foi ele que criou.
Espero que quem iniciou a encerre e que o mesmo passe, sim, a trabalhar em tempo integral nos assuntos do interesse do Sistema, entendendo melhor o seu funcionamento técnico e financeiro para não continuar interpretando de forma equivocada o que vêm a ser recursos públicos e privados.
Um forte abraço, Terezinha Nunes - Deputada Estadual PSDB”