Por falar em Roberto Freire, no almoço em que anunciou nesta segunda-feira uma conferência para debater o futuro da esquerda, o presidente do PPS rebateu as críticas dos jornalistas de que Gretchen, recém-admitida no partido e candidata a prefeita de Itamacará, não tinha história para entrar no partido. “Gretchen merece respeito.

Se ela decidisse ser jornalista, poderia?

E o jornalismo seria um novo jornalismo?”, argumentou.

Em suma, o principal argumento de Roberto Freire para debater as críticas à ex-Rainha do Rebolado, era de preconceito. “A Gretchen é uma celebridade que veio até nós com muita humildade.

Ela não veio pedir um palco para apresentar-se.

O PPS é um partido que respeita as mulheres.

Você pode até não gostar da performance dela, mas tem que respeitar.

A história política dela começa agora”, defende.

Em uma crítica direta ao PT, adversário predileto na maioria dos seus discursos, Freire também disse que o partido é público, mas não está aberto a figuras ligadas ao PT. “Estão falando mal da cantora, mas eu quero mil vezes ela no PPS do que figuras como José Dirceu, que está nas barras dos tribunais, se diz de esquerda e está sendo processado como criminoso, pelo Ministério Público Federal, no caso do Mensalão.

Pior do que currículo polêmico é folha corrida, como acontece com o senhor José Dirceu.

No PPS, a gente não quer é dança como a da Ângela Guadagnin (PT/ SP, aquela da dança da pizza do mensalão)”, atacou.

Noutra estocada, desta vez no PSB, Roberto Freire comparou a criadora do retro-rebolado ao prefeito Newton Carneiro, de Jaboatão dos Guararapes. “Vocês cobram um histórico esquedista de Gretchen.

Newton Carneiro é do PSB, é de esquerda? e Dai?”, alfineta, lembrando o polêmico e folclórico aliado de Eduardo Campos.