A imprensa política nunca se deu ao trabalho de apontar, mas existem latifundiários na Assembléia Legislativa, mesmo com o espaço geral restrito nos gabinetes.

Os mais antigos são os maiores beneficiários, como se antiguidade fosse posto e nem todos fossem eleitos pelo povo.

O gabinete de Romário Dias, ex-presidente da casa, por exemplo, equivale a três gabinetes padrão.

Pelo PT, Sérgio Leite conta com regalia semelhante, depois de vários mandatos.

Quem está muito bem alojado, com um pequeno latifúndio, em comparação aos demais gabinetes padrão, é o Soldado Moisés, mas, no seu caso, trata-se de uma herança de Sebastião Oliveira, do PR, que assumiu a Secretaria de Transportes.

O mesmo ocorre com Claudiano Martins, que assumiu o latifúndio deixado pelo ex-primeiro-secretário Bruno Rodrigues, guindado à Câmara Federal.

No ex-PFL, quem não tem motivos para reclamar de espaço físico é Sebastião Rufino, herdeiro de João Negromonte, também beneficiado com mais espaço em reformas graças à condição privilegiada na mesa, em mais de oito anos de gestão Jarbas Vasconcelos. É por essas e outras que vários parlamentares estaduais, reclamando do espaço acanhado, sonham com a proposta do Banco do Brasil de construção de um novo prédio, mesmo ao custo de R$ 86 milhões.