Ficou para junho a segunda audiência de conciliação entre o presidente estadual do PSol, Edilson Silva, e o presidente estadual do PT e da EMTU, Dilson Peixoto.

No encontro que aconteceu nesta segunda (7), num juizado especial do Fórum Tomás de Aquino, eles não chegaram a um acordo para que Dilson retire a ação por injúria, calúnia e difamação que move contra Edilson.

O petista quer que Edilson Silva faça uma retratação pública a seu respeito por conta do artigo "Dílson Peixoto, EMTU e Cosa Nostra, um antigo e lucrativo caso amoroso", publicado neste blog em março.

Na última sexta (4), o presidente do PSol publicou um outro texto, também no Blog, em que pedia desculpas a Dilson e ao prefeito do Recife João Paulo, por quem também está sendo processado.

Mas o tom sarcástico do artigo fez com que o presidente da EMTU não aceitasse o texto como retratação.

Agora, Edilson vai preparar um novo artigo, em outros termos, para ser enviado ao petista ainda esta semana.

Se Dílson aceitar as desculpas, retira a ação.

Se não, a ação continua valendo e já tem a segunda audiência de conciliação marcada para primeiro de junho. "Admito que posso ter me excedido em alguns termos utilizados", afirma o presidente do PSol. "Mas não vou mutilar meu pensamento".

Edílson, que falou ao Blog pelo celular enquanto viajava em um ônibus da linha Jardim Brasil II-Estrada de Belém, continua acreditando que Dílson Peixoto acabou beneficiando os empresários de transportes em pelo menos duas ocasiões.

A primeira no episódio da retirada dos kombeiros das ruas do Recife, quando ainda fazia parte da equipe do prefeito João Paulo.

A segunda, em março deste ano, quando tentou revogar a obrigatoriedade das empresas de ônibus contratarem seguros para os usuários do sistema.

Usando palavras como "famiglia" e "Cosa Nostra" insinuou que as empresas de transportes formam uma máfia e que Dílson teria uma ligação com elas.

No caso da ação movida por João Paulo, Edílson fez críticas ao aumento salarial de 43% votado pela Câmara de Vereadores no carnaval.

Mas neste processo, ele ainda não foi notificado oficialmente.