Quem ficou chocado com o triste fim da funcionária pública do Cabo, não vai acreditar no que pode ocorrer em Petrolina.

Serve para ilustrar a quantas anda a saúde pública em Pernambuco.

Luiz Carlos Lins conta que, na semana que se passou, um paciente foi encaminhado de Petrolina para um hospital público do Recife.

O paciente estava internado no famoso Dom Malan, hospital de referência naquela cidade, mas naquele grande e moderno município do sertão do São Francisco não conseguiram, após vários exames, inclusive o endoscópia, identificar o que havia na garganta do paciente, incomodando a ponto de impedir-lhe até de engolir os alimentos.

O tal paciente foi transportado por uma ambulância municipal, mas teve o infortúnio de ser vítima da falta de boas condições do automóvel que quebrou no percurso e foi obrigado a retornar à Petrolina.

Deixou o paciente em um outro hospital, em Santa Maria da Boa Vista.

Três dias depois, a ambulância retornou para dar continuidade à missão de salvamento.

O paciente só se alimentava de líquidos devido a obstrução na garganta e precisava ser deixado em um hospital público da capital pernambucana.

Ao chegar em Recife, detectaram que o objeto não identificado na garganta do pobre coitado era um pedaço de prótese dentária, aboa e velha chapa.

De pronto, extraíram o objeto estranho, entregaram-no ao paciente que pode voltar feliz da vida a cidade de Petrolina. "Como é que médicos certamente bem treinados, com equipamentos modernos, não tiveram condições ou competência para solucionar o problema, abrandando o sofrimento do petrolinense?

Pelo visto, além de três grandes hospitais e reequipamento dos regionais, o governador Eduardo Campos, terá que apelar ao sobrenatural a fim de sanar os graves problemas da saúde pública em Pernambuco", reclama o coordenador do Fórum pela Ética na Política.