Como não bastasse o anticlimax gerado pelo anúncio acanhado da redução da conta de luz, pelo governo do Estado, no mesmo dia, os empresários anunciaram que vão repassar os custos do aumento deste ano para os preços.

O aumento de 5,68% na tarifa de energia elétrica trará um impacto médio de 2,8% nos preços finais dos produtos da indústria pernambucana.

O resultado é apontado por uma pesquisa realizada pela Fiepe, através da sua Unidade de Pesquisas Técnicas (Uptec) e divulgada nesta segunda-feira, pelo vice-presidente da Fiepe, Ricardo Essinger.

O documento revela ainda que a energia elétrica representa 11,67% dos custos de produção industrial e que, para o setor produtivo, a única saída é o repasse para o consumidor.

Para o presidente da Fiepe, Jorge Côrte Real, que aderiu, na última quarta-feira (02), à campanha "Se liga, cidadão!" contra os sucessivos aumentos, os reajustes minam a capacidade competitiva da indústria no Estado.

Ainda de acordo com o documento, que levantou informações de 35 empresas em 12 setores diferentes, o setor mais penalizado foi o de produtos plásticos, seguido pelos de confecções e de minerais não-metálicos.

A tarifa de energia elétrica subiu 53,29% entre 2005 e 2007, enquanto a inflação ficou em 16,61% no mesmo período.