O jornalista Cláudio Humberto diz em sua coluna deste domingo (6), no Jornal do Commercio, que o Ministério Público Federal (MPF) vai analisar um contrato de consultoria para “gestão de processos”, que foi firmado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) com um certo Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), de Minas Gerais.
Segundo Cláudio Humberto, teria chamado atenção do MPF o valor do contrato (R$ 1,8 milhão) e a falta de licitação. “O STJ já remeteu explicações ao Tribunal de Contas da União e o fará também ao Ministério Público Federal”, afirma o colunista.
Curiosamente, é também um certo INDG que começa a prestar consultoria ainda este mês para o Governo do Estado, prometendo um choque de gestão.
O INDG e seu principal consultor, Vicente Falconi, teriam produzido, no primeiro mandato do governador mineiro Aécio Neves (PSDB), uma reorganização na máquina do Estado, responsável pela economia de R$ 2 bilhões em quatros anos.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), espera cortar, no seu atual mandato, cerca de R$ 1,5 bilhão, com a ajuda do INDG.
O presidente Lula também cogitou, no ano passado, trabalhar com o Instituto para reduzir as despesas da Previdência Social em nada menos que R$ 50 bilhões em quatro anos, apenas com medidas de gestão.
Quem levou a idéia a Lula foi o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, que também é um defensor da vinda de Vicente Falconi para Pernambuco.
Uma equipe de 46 consultores destacados por Falconi deve chegar ao Estado nos próximos dias.
O lançamento oficial do “choque de gestão” está previsto para o dia 14 deste mês.
Nesta segunda (7), a Secretaria de Planejamento deve antecipar mais informações sobre o trabalho a ser desenvolvido pelo INDG.
De acordo com o Secretário da Fazenda Djalmo Leão, a equipe de Vicente Falconi já trabalhou em Pernambuco, durante o governo Jarbas Vasconcelos, há cerca de 5 anos.
Na época, a missão do INDG se restringiu ao setor fazendário.
Agora, o choque será maior, com foco nas secretarias de Saúde, Educação e Defesa Social.
Ainda não ficou claro como será feito o pagamento ao INDG.
E também não foram divulgados valores do contrato.
Espera-se que a Secretaria de Planejamento jogue luz sobre a questão nesta segunda. (Com a Editoria de Economia do Jornal do Commercio)