O cônsul geral da França para o Nordeste, Jean Cleaude Lenoir, disse agora há pouco que só na manhã desta segunda (7) vai anunciar os números da eleição presidencial francesa registrados na região.
Ele explicou que 160 eleitores compareceram ao Consulado, no Recife, e outros 100 votaram na Aliança Francesa de Salvador.
São eleitores que moram no Brasil ou estão em viagem ao país. “O comparecimento foi maior agora do que no primeiro turno”, contou o cônsul.
Na França, o voto não é obrigatório.
Recife e Salvador foram as únicas cidades do Nordeste onde os eleitores franceses puderam votar.
A apuração das duas cidades foi feita por funcionários do consulado, nesse sábado (5), pouco depois de fechadas as urnas, que funcionaram das 8 às 18h.
E os resultados, remetidos para a França.
Para o comerciante francês Gerard Lapprand, 49 anos, há 20 no Brasil, o que definiu seu voto em favor de Nicolas Sarcozy foram, especialmente, suas propostas sobre emprego, política externa e imigração. “Os socialistas reduziram a jornada de trabalho na França para 35 horas pensando que isso geraria mais empregos e não foi o que aconteceu”, diz. “Mas tem gente que quer uma jornada maior para poder ganhar mais e Sarcozy prometeu liberar essas negociações entre patrões e empregados”.
Lapprand, que mora em Maceió, é casado com uma brasileira e tem dois filhos de 12 e 14 anos, concorda com Sarcozy no que se refere a uma maior participação e fortalecimento da França dentro da comunidade européia.
E também aprova seu posicionamento contrário ao ingresso da Turquia como país membro do grupo.
O eleitor de Sarcozy espera que o seu governo seja rigoroso no controle da imigração. “Muitos imigrantes querem apenas se aproveitar do sistema francês”, disse. “Penso que são os estrangeiros que têm de se adaptar ao País onde vivem e não o contrário”.
Também eleitor de Sarcozy, o ex-funcionário do consulado Marcos Silveira, de nacionalidades francesa e brasileira, admira a coragem do candidato. “Dizer a verdade é uma coisa rara em política e ele tem essa característica”, afirma.
Embora a apuração dos votos na França ainda não tenha sido concluída, Nicolas Sarcozy já discursou como o novo presidente da França.
Pesquisas de boca-de-urna apontaram sua vitória com 53% dos votos contra 47% da socialista Ségolène Royal, que já reconheceu a derrota.
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