A deputada Terezinha Nunes prestou solidariedade ao deputado Clodoaldo Magalhães (PTB), da base do Governo, que estaria vendo projetos de lei de sua autoria prejudicados em sua tramitação nas comissões do casa pelo atual líder do goverrno, deputado Isaltino Nascimento. "Conheço o deputado Clodoaldo Magalhães, sei de sua capacidade e determinação e o coloco entre os melhores dos novos deputados desta casa ", afirmou, sem citar Isaltino. "Não vejo, portanto, motivos para que ele tenha seus projetos, de grande relevância para a comunidade, obstaculados em comissões, o que vem prejudicando seus encaminhamentos." Terezinha citou, em primeiro lugar, o projeto que dá às mulheres carentes, vítimas de agressãp e que necessitem de cirurgia plástica, o direito de serem atendidas na rede do SUS, e, em segundo, o projeto que garante 5% das unidades habitacionais construídas pelo Estado para os policiais civis e militares.

Ela explicou que o primeiro passou dias na Comissão de Justiça com pedidos injustificados de vistos, acabando por ser aprovado através da união dos demais deputados e o segundo precisou esta semana ser retirado de pauta, na mesma comissão, pelo deputado Augusto César, do mesmo partido de Clodoaldo, para evitar que fosse derrotado pela base do Governo.

Terezinha fez um apelo aos deputados para que lutassem contra o que chamou de "discriminação" . "Reputo como de grande relevância esses dois projetos e, se tivesse assento na Comissão de Justiça, iria emendar o projeto habitacional, garantido aos militares até mais do que 5% das unidades habitacionais", disse ela. "Na gestão passada entregamos a policiais o conjunto Hélio Lemos, construído pelo Governo.

Eles tiveram a preferência na ocupação pois os policiais precisam de moradia digna e de residir distante dos marginais".

O deputado Isaltino Nascimento, embora não tinha sido sequer citado pela deputada, ficou contrário ao projeto sobre as mulheres, alegando que quem tinha a preferência na área de saúde da Assembléia era ele.

No segundo caso, teria procurado deputados da base na comissão de Justiça para dizer que o próprio Palácio havia recomendado que a base não votasse a favor do projeto, pois a primazia nessa matéria deveria caber ao Governo.