Governo do Estado e Banco do Brasil vão formar, nos próximos dias, um grupo de estudos para desenvolver o projeto do Centro Cultural Capiba - o quarto centro cultural do banco no país e o primeiro no Nordeste.

A informação foi passada pelo governador Eduardo Campos na tarde desta quinta (3) no Palácio do Campo das Princesas, durante coletiva conjunta com o presidente do Banco do Brasil Antônio Francisco de Lima Neto (ver matéria mais abaixo).

O grupo será formado por representantes da instituição financeira, Secretaria de Cultura, Fundação de Cultura do Estado (Fundarpe) e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que é responsável pelo prédio da antiga Rede Ferrroviária Nacional, onde funcionará o centro.

O cronograma das obras dependerá do que for definido por este grupo de estudos.

Mas a idéia é inaugurar o centro no primeiro semestre de 2008. "A presença do Iphan no grupo deve acelerar a aprovação do projeto", acredita o governador.

A edificação é tombada.

A direção do banco não explicou por que os recursos destinados à reforma no prédio e compra de equipamentos foram reduzidos depois que o projeto foi reavaliado.

Em 2003, previa-se que seriam empregados nessa etapa inicial cerca de R$ 8 milhões.

Na tarde dessa quinta, o presidente do banco anuciou R$ 2,5 milhões, menos de um terço dos recursos estimados no projeto original.

Antônio Lima Neto adiantou apenas que a instituição vai disponibilizar mais R$ 4 milhões por ano para o Centro Cultural Capiba.

Desse total, R$ 3 milhões serão destinados a atividades do circuito nacional e R$ 1 milhão para o desenvolvimento de projetos locais- estes desenvolvidos a partir de licitações públicas.

Aliás, a gestão do centro será tocada pela Secretaria de Cultura do Estado, comandada atualmente pelo escritor Ariano Suassuna, que também se reuniu nesta quinta com Eduardo Campos e o presidente do Banco do Brasil. "Faz mais sentido para nós ter um centro cultural em que o banco aparece como principal patrocinador, mas com uma liga local", contou Antônio Lima Neto.

O nome homenageando um grande persongem da cultura local (Capiba) e a gestão feita pelo Estado são novidades na política cultural do Banco do Brasil, que tem outros três centros semlhantes em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.