O Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods) brilha no relatório da CGU.
Na página 145 do documento, os técnicos afirmam com todas as letras que houve sobrepreço na contratação dos sistema de atendimento e despacho, mediante inexigibilidade de licitação.
O que está sob suspeita é uma dispensa de licitação para fornecimento de equipamentos de softwarw feito com a empresa Intergraph Co para a expansão do Ciods.
O valor envolvido chegava aos R$ 4,8 milhões.
O documento sustenta que apenas a redução do câmbio entre a data de estimativa do projeto (em 2004) e a data de emissão da fatura de pagamento do produto adquirido no exterior (em 2005) deveria resultar em uma redução da ordem de R$ 175 mil. “Praticou-se no pagamento realizado em 2005 o mesmo valor em real da data do projeto, este último realizado em 2004.
O câmbio desta época era menor do que à época do projeto.
Isto implica em um valor a pagar em real menor do que aquele estimado na época do projeto”, reclamam os técnicos da CGU.
Os técnicos da CGU compararam a lista de preços da empresa americana na internet com o preço total pago pela aquisição dos software. “Não ficou demonstrada a razão da diferença de R$ 2,3 milhões, entre o valor pago de R$ 4,8 milhões e o somatório dos mesmos produtos a partir da lista da Internet, equivalentes a R$ 2,8 milhões, pelo câmbio do dia do pagamento”, frisam. “Fica demonstrado que a opção pela importação representou desvantagem para a administração pública, uma vez que o preço bruto por unidade do citado software pago à empresa estrangeira é equivalente àquele cobrado pela empresa sediada em São Paulo”.