O coordenador do MTC e Membro do Fórum Pela ética na Política, Luís Carlos Lins, disse agora há pouco ao Blog que as explicações da secretária de educação da PCR, Maria Luiza Aléssio, sobre a demissão da sindicalista Cláudia Ribeiro, não foram convincentes.

Cláudia Ribeiro é secretária de Imprensa do Sindicato dos Professores Municipais e, na semana passada, levou a imprensa para denunciar o funcionamento de uma escola municipal em um bar dançante.

A denúncia foi parar no Jornal Nacional, na mesma semana em que mais de 70 escolas estaduas foram fechadas para reformas.

Em entrevista ao Blog, Ribeiro disse no sábado que sentia-se retaliada, por ter denunciado as mazelas das escolas no ano passado, além de ter criticado o aumento do prefeito, no Carnaval.

Ele lista quatro pontos: Em primeiro lugar: o estágio probatório é previsto para no máximo três anos.

Se a servidora Claudia Ribeiro foi aprovada em concurso de 2002, não deveria haver sequer a avaliação de estágio probatório.

Segundo: quanto a não influência da PCR no desligamento da mesma, é inconsistente o argumento da secretária Aléssio, pois muitos dirigentes podem muito bem manter relações políticas com a gestão.

Terceiro: a secretária demonstra na entrevista estar desinformada, tentando talvez,passar a impressão de isenção no caso, o que não é plausível, tratando-se de dirigente sindical atuante e que deveria estar sendo monitorada constantemente pela PCR.

Quarto: diante dessas contradições todas, ainda paira no ar a possibilidade de demissão política.

O que mancharia de forma indelével a imagem da gestão João Paulo e até sua história marcada pela defesa do emprego, da estabilidade e emancipação da classe trabalhadora.