O vice-líder dos Democrata José Carlos Aleluia (BA) cobra da oposição uma mudança rápida de postura diante do governo Luiz Inácio Lula da Silva, para não ser confundida pelo eleitor com a base do governo petista, ‘desacreditada pelos escândalos do mensalão e das sanguessugas’, conforme suas palavras. "O cidadão rejeita essa promiscuidade entre governo e oposição.

Esses encontros, sem uma pauta conhecida, entre o presidente da República e segmentos ditos oposicionistas, leva à sociedade mais dúvidas sobre o comportamento dos políticos”, reclama. “Com a desmoralização do governo Lula, é comprensível que o presidente busque nos adversários um ombro para encostar e tente passar à sociedade a impressão de que tem o respeito da oposição", criticou Aleluia.

Ele deixa claro que qualquer movimento da oposição no sentido de aproximar-se de Lula pode e deve ser entendido como "um gesto de coonestação com um governo notabilizado pela corrupção". "Ao longo desses 52 meses de gestão petista é de se lamentar que o Mundo tenha vivido momentos auspiciosos, com uma economia efervescente, países emergentes crescendo a uma taxa média anual da ordem de 6%, enquanto o Brasil, governado por Lula, registre uma variação medíocre do PIB inferior a 3%", criticou o Democrata.

Para Aleluia, não há razão para aproximação com um governo pífio, "descaradamente corrupto", e que está retardando o crescimento e o desenvolvimento do Brasil.

Para ele, é necessário retomar os investimentos privados em infra-estrutura, porque o setor público não tem como fazê-lo. "Estamos numa encruzilhada.

A iniciativa privada não investe porque não confia no governo Lula e o governo Lula não tem recursos para promover os investimentos que o País carece.

Para Lula, é interessante a aproximação com a oposição.

Ele quer dividir a responsabilidade pelo fracasso.

Quanto à oposição, estaríamos atirando no pé se não resistirmos ao assédio do presidente da República", diz.