Por João Valadares Especial para o Blog de Jamildo O PEbodycount nasce da inquietação.

Surge para transformar a perplexidade passiva, de um Estado de vidas abreviadas à bala, em sentimento de que é possível construir saídas coletivas.

Acreditamos que não basta indignação.

Os caminhos existem e descobri-los é uma missão difícil.

Mas possível. É preciso iniciar o percurso.

O PEbodycount apresenta-se como uma ferramenta para ajudar a trilhar estes caminhos.

Não queremos apenas contar cadáveres.

Queremos também contar histórias e ajudar a mudar realidades.

A organização apartidária e sem fins lucrativos, formada pelos jornalistas Carlos Eduardo Santos, Eduardo Machado, João Valadares e Rodrigo Carvalho, é um ponto de confluência de análises, críticas, denúncias e sugestões para o desenvolvimento e implementação de políticas de segurança pública.

E todos estão convidados a participar: representantes de organizações acadêmicas, não-governamentais, gestores públicos que estão dispostos a assumir responsabilidades, bons policiais e, sobretudo, membros da sociedade civil sem vínculos com entidades específicas.

A estatística absurda da guerra diária, que faz vítimas quase invisíveis, vai ganhar nome e rosto. É proibido indignar-se com uma cena de violência e ficar calado.

O espaço aberto aqui funciona, terminantemente, como um centro irradiador de cobrança diante do quadro de alarme.

Cada morte registrada no contador alimenta a cobrança e, especialmente, a busca por saídas coletivas.

O banco de informações do site vai disponibilizar reportagens elaboradas pelos editores acerca do tema, relatos de vítimas de violência e banco de dados de todas as armas apreendidas em Pernambuco.

Para um Estado culturalmente tão forte parece estranho um nome em inglês.

A necessidade de utilizá-lo se impõe ao fato de que o site une-se ao Riobodycount e Iraqbodycount, locais onde os mortos já começaram a ser contabilizados e divulgados diariamente na internet.