Os técnicos da Controladoria Geral da União (CGU) detectou o mesmo problema de desvio de recursos na compra de sistemas de vigilância da colônia penal feminina Bom Pastos no Presídio de Petrolina.

No caso, a verba investigada do contrato era de R$ 78,9 mil. “As propostas foram combinadas”, denuncia o relatório da CGU, elaborado entre junho e julho do ano passado, em pleno governo José Mendonça Filho.

Inicialmente, os técnicos descobriram que não havia projeto nem planilha de preços.

As mesmas empresas VS e Consuma participaram da licitação. “Dos quatros participantes da licitação, duas empresas possuem um mesmo sócio, cujo endereço residencial é o mesmo da empresa contratada (a Comercial Viegas)”, constata a CGU.

As coincidências não param por aí.

Os técnicos da CGU descobriram que os sócios-gerentes da empresa contratada para fornecimento dos equipamentos, a Comercial Viegas, atuaram como testemunha da primeira alteração contratual da outra concorrente VS.

Ou seja, tem uma grande pinta de serem apenas laranjas.

Numa comparação de compras feitas na mesma época pela Gerência Regional do Ministério da Fazenda, a CGU diz que as licitações, feitas pela Secretaria de Cidadania e Políticas Sociais e SDS, apenas na parte referentes aos equipamentos, no valor de R$ 63 mil, tinham pelo menos R$ 31 mil superfaturados.

Segundo o relatório, a maracutaia era a seguinte: pagou-se por câmaras preto e branco o preço de câmaras coloridas, embolsando a diferença.