Sulgás quer distribuir gás para residências gaúchas.
Por Polibio Braga Esta semana, na quinta-feira, a Sulgás, que distribui o gás boliviano e também o gás argentino no RS, entregou um cheque de R$ 15 milhões ao secretário gaúcho da Fazenda, Aod Cunha.
O dinheiro é a parte que cabe a um dos controladores da Sulgás (a Petrobrás, dona de 49%, levou R$ 14 milhões) depois de fechado o lucrativo balanço de 2005. . "Faturamos R$ 500 milhões no ano passado", disse o presidente da empresa estatal estadual, Artur Lorenz, 47 anos, engenheiro pela PUC e administrador de empresas pela PUC A empresa estatal estadual foi criada em 1993, tendo por sócios o governo gaúcho e a Petrobrás.
Ela distribui e comercializa 1,3 milhão de m3 de gás boliviano/dia para indústrias (72% de todo o bolo), 40 postos de combustíveis de GNV, que vendem para 38 mil veículos, para residências (apenas 70 apartamentos no bairro portoalegrense dos Moinhos de Vento) e empreendimentos comerciais.
São 400 kms de gasodutos próprios.
Poderia fazer mais, caso o gás boliviano para a usina térmica de Canoas, da Refap, não fosse abastecida diretamente pela Petrobrás (500 mil m3 por dia).
A usina térmica AES Uruguaiana, que recebe 2,3 milhões de m3 de gás argentino por dia, é também suprida pela Sulgás, mas a empresa fatura muito pouco, pouquíssimo, com o negócio.
A Argentina só entrega gás quando tem. .
Artur Lorenz não está muito preocupado com os bons e maus humores bolivianos, porque não compreende o que impediria o negócio, já que a Bolívia precisa vender e o Brasil precisa comprar, mas concorda que a situação movediça atual provoca insegurança junto aos clientes. .
A Sulgás pode fazer mais.
Este ano ela programou investimentos de R$ 70 milhões.
Lorenz quer diversificar a clientela e melhorar o valor agregado.
Uma das maneiras é forçar a venda de gás residencial.