A discussão sobre abrangência da investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, que deve ser instalada na Câmara na próxima quarta (2) ou quinta-feira (3), é o mais novo nó no Congresso Nacional.
O líder do DEM (ex-PFL), deputado Onyx Lorenzoni (RS), já avisou que seu partido vai fazer uma investigação bem mais ampla do que o previsto no requerimento de criação da CPI cita a crise no setor aéreo desencadeada após o acidente com o avião da Gol, que deixou 154 mortos, em setembro do ano passado. "Primeiro, nós temos que verificar tudo aquilo que cerca a segurança de vôo.
Depois, as escolhas que o governo faz: por que colocou mais dinheiro em mármore e granito e superfaturou aqueles equipamentos de acesso aos aviões, como no aeroporto de Congonhas, e deixou de gastar dinheiro em equipamento para controlar a segurança de vôo?
Depois, nós vamos atrás dos desvios de dinheiro público, que já estão muito claros, quando identificamos na Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) o mesmo \modus operandi\ do mensalão", afirmou.
O líder do PSDB, deputado Antônio Carlos Pannunzio (SP), concorda com o DEM e ainda inclui a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Aeronáutica no rol de investigação. "A Infraero, a Agência Nacional de Aviação Civil e o próprio Ministério da Aeronáutica vão ter que dar esclarecimentos.
Ou seja, nós vamos a fundo em todas as áreas pertinentes ao tema da CPI", ressaltou.