Da Folha OnLine e do G1 O Estado de Pernambuco alcançou a pior nota no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), entre alunos de 5ª à 8ª série.
A nota média foi de 2,4 nas últimas avaliações conduzidas pelo MEC, a Prova Brasil e o Saeb, aplicadas a cada dois anos (as mais recentes foram em 2005).
Os resultados do Ideb e as metas que Estados e municípios deverão alcançar serão divulgados hoje e vão mostrar quão dramática é a situação do País.
A Folha OnLine mostra que apenas 243, das 4.349 cidades avaliadas conseguiu obter, nas duas etapas (1ª a 4ª séries e 5ª a 8ª séries) do ensino fundamental, um índice igual ou superior a 5 (a escala vai de zero a dez).
O site G1 destaca que mais da metade dos municípios brasileiros tem avaliação menor do que 4, numa escala de 0 a 10, no ensino público de 1ª a 4ª séries.
Com Ideb inferior a 5, da 1ª à 4ª série foram 4.112 das 4.349 cidades avaliadas.
Na fase da 5ª à 8ª série, o total de municípios com Ideb inferior a 5 foi de 2.453, entre os 2.467 avaliados.
Numa escala de zero a dez, o Brasil tem hoje um Ideb médio de 3,8 na primeira fase do ensino fundamental (1ª a 4ª séries), de 3,5 na segunda (5ª a 8ª séries) e 3,4 no ensino médio.
O Ideb foi criado para orientar o direcionamento de verbas da educação.
Para todos os níveis de administração (municipais, estaduais e as próprias escolas), o cumprimento das metas do Ideb implicará o recebimento de mais dinheiro.O pior Ideb municipal encontrado foi de 0,3 e o melhor, de 6,8.
O mecanismo do Ideb faz parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, na terça (24).
O Ideb atual dos municípios, Estados e do País foi calculado com base em dados de 2005 da Prova Brasil e do Saeb, avaliações conduzidas pelo MEC a cada dois anos.
Há metas de Ideb para serem atingidas nas avaliações deste ano, na de 2009, 2011 e assim por diante, até a meta "final", em 2021.
As metas para 2021 são de chegar a 6 na 1ª fase do fundamental, 5,5 na 2ª e 5,2 no ensino médio.As metas do Ideb para os Estados variam de acordo com o patamar em que se encontravam em 2005.
O indicador avalia o desempenho das redes estaduais de ensino.
Em Pernambuco, a meta para 2021 é chegar em 4,9.
Já o Paraná parte de um Ideb de 5, o maior na 1ª fase do fundamental, e deve chegar a 6,9 em 2021.
O melhor Ideb inicial é o de Santa Catarina, com 3,5.
Sua meta é chegar a 5,3 em 2021.
Os números do Ideb no nível das cidades avaliam as redes municipais, e por isso não há dados para o ensino médio, que é exclusividade dos governos estaduais.A cidade com pior Ideb da 1ª à 4ª série é Ramilândia, no Paraná.
Ela parte de apenas 0,3 e precisa chegar a 5,4 em 2021.
Barra do Chapéu, em São Paulo, tem o melhor Ideb inicial, de 6,8, e deve chegar a 8,1 em 2021.Com nota entre 1 e 2 foram 104 cidades.
Já os Idebs entre 3 e 4 foram registrados em 2.710 municípios; entre 4 e 5, em 1.294; entre 5 e 6, em 225.As melhores notas ficaram na faixa entre 6 e 7, e foram obtidas por apenas oito cidades.Da 5ª à 8ª série, o pior Ideb é de Maiquinique, na Bahia, também de 0,3.
Sua meta para 2021 é 4,4.
O melhor Ideb é o do município paulista de Porto Ferreira, de 5,9, com meta de 7,4.A comparação do Ideb atual com a meta de 2021 mostra que as localidades com pior nível de ensino atual terão de dar um salto de qualidade muito amplo (por exemplo, 5,1 pontos no caso de Ramilândia), enquanto as com Ideb inicial mais alto precisam crescer menos (1,3 ponto no caso de Barra do Chapéu).
Veja aqui a tabela completa do Ideb e as metas a serem alcançadas.
Veja aqui o mapa com as metas preparado pelo site G1.