O ex-governador José Mendonça Filho manteve-se fiel ao seu estilo moderado, depois de uma longa temporada nos Estados Unidos.

Hoje pela manhã, a repórter Sheila Borges, de Política, já dava a senha: "Ele tem sido orientado por assessores a, pelo menos por enquanto, evitar um confronto direito com Eduardo".

De fato, ele evitou falar dos temas do momento, como as críticas do governador Eduardo Campos (PSB) à gestão da Segurança, no governo passado, citando até que um bandido preso na quadrilha de matadores de Caruaru, trabalhando no gabinete do deputado João Negromonte até o estouro da quadrilha, ajudava a entender o grave quadro de crise da segurança.

Nesta terça-feira, foi a vez do secretário de Recursos Hídricos, João Bosco, chamar de omissão o governo passado, por supostamente não trabalhar para reduzir a conta da luz, na Aneel. “Seria hipocrisia dizer que não estou informado sobre a temperatura política local.

Mas, todo o acompanhamento foi à distância, não sistemático, sem sentir a temperatura e o calor humano da realidade.

Por isso, é precipitado fazer avaliações neste primeiro momento”. “Se a temperatura continuar subindo, serei o político que sempre fui.

Afirmativo, direto, com ética e responsabilidade”, frisou.

Uma pena nenhum repórter não ter insistido nos questionamentos.

Mendonça Filho tem o direito de não falar, mas o direito de perguntar é sagrado.