Contido nas declarações sobre o quadro político atual em Pernambuco, Mendonça foi mais incisivo na defesa da reeleição - instrumento adotado a partir de uma emenda constitucional de sua autoria quando deputado federal. "A discussão (sobre o fim da reeleição) sempre se dá tendo como base o o interesse pessoal de um governador ‘a’ que quer ser candidato a presidente em tal ano ou o retorno do atual presidente da República em 2014", disse. "E eu acho que a institucionalidade do País não pode depender de vontades de pessoas".

Para Mendonça, a jovem democracia brasileira precisa de tempo de maturação para suas instituições. "E eu sou um exemplo de que reeleição não significa renovação direta de mandato", lembrou, referindo-se a sua derrota no ano passado.

O ex-governador também é contrário à adoção de mandatos mais longos, de cinco anos, caso a reeleição seja mesmo extinta. “A tendência no mundo é de mandatos até mais curtos.

Nos Estados Unidos, se tem mandato de dois anos", contou.

Para ele, ter eleições a cada cinco anos pode aumentar a distância entre os parlamentares e a população que, no seu entender, já acompanha pouco o trabalho de seus representantes mesmo com mandatos renovados de quatro em quatro anos. "Também não vejo como organizar esse calendário eleitoral de forma tão fácil como alguns estão dizendo", adverte. "Com eleição a cada cinco anos, casar a municipal com a estadual é uma complicação muito grande".