Os seis ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiram ontem à noite, por unanimidade, arquivar o processo sobre o caso que ficou conhecido como "dossiegate", que envolvia até o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os ministros consideraram que não havia provas contra os acusados.

A representação, feita pelo PSDB e PFL, apontava o presidente Lula; o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos; o presidente do PT, Ricardo Berzoini; o empresário Valdebran Padilha; o advogado Gedimar Passos; e o ex-assessor da Presidência Freud Godoy como envolvidos na compra de um dossiê fajuto para incriminar candidatos tucanos na máfia das sanguessugas.

O presidente Lula, em entrevista, chegou a chamar de "aloprados" os petistas que foram flagrados supostamente negociando o dossiê.

O caso chegou abalar momentaneamente as intenções de voto no presidente, o que levou a eleição para o segundo turno.

Para o ministro relator, Cesar Asfor Rocha, não havia provas capazes de vincular o episódio impugnado – a apreensão de dinheiro durante a campanha eleitoral do ano passado – a qualquer um dos seis réus/investigados, ou então que demonstrassem que os réus se beneficiaram com o fato no resultado final das eleições.Em 16 de setembro do ano passado, foram presos pela Polícia Federal, Valdebran Padilha e Gedimar Passos, com US$ 248,8 mil e R$ 1,168 milhão, em um hotel em São Paulo.

Segundo os autores da ação, a quantia seria destinada a comprar um dossiê contra políticos do PSDB.

Leia aqui o voto do relator.