A taxa de desemprego no Recife, medida pelo Dieese e a Fundação Seade, de São Paulo, subiu 7% no Recife, agora em março.

Em fevereiro, essa taxa era de 20,4%.

Agora em março, passou para 21,1%, representando um acréscimo de mais de 7 mil pessoas desempregadas.

No caso de fevereiro, já existiam 332 mil pessoas desempregadas.

O desemprego voltou a subir em todas as seis regiões metropolitanas, mas Recife detém a segunda taxa mais alta de desemprego, possivelmente ajudando a explicar porque somos campeões em violência nacional.

A maior é Salvador, com 22,9%.

O coordenador da pesquisa, Jairo Santiago, disse ao Blog de Jamildo, agora há pouco, que o principal vilão para a nova subida foi o setor de serviços, que desempregou 15 mil pessoas no mês de março. “São oficinas, serviços especializados, serviços pessoais”, explicou.

Também contribuíram para a elevação o setor de indústria, que cortou 8 mil postos de trabalho, bem como o setor de comércio, que reduziu mil postos de trabalho. “É importante frisar que, nos últimos 12 meses, o desemprego vinha caindo e os rendimentos aumentando”, explicou.

Entre janeiro e fevereiro, por exemplo, a taxa já havia caído 1,4%, passando de 20,7% para 20,4%, antes desta nova subida.

A situação não foi pior porque o setor de construção civil manteve o emprego estável, com 62 mil postos de trabalho.

No caso do mercado de trabalho local, além da construção civil, a saída de 21 mil pessoas do mercado de trabalho, por ingresso na inatividade, também contribuiu para que a pressão do desemprego não fosse maior.