Ficou para o dia 3 de maio a definição do Governo do Estado sobre redução no ICMS incidente sobre a conta de energia, como forma de reduzir o valor pago por pequenos consumidores.

A Secretaria da Fazenda já havia feito mais de 10 simulações sobre quanto o Estado perderia em arrecadação e qual seria o impacto na conta com a redução do ICMS - dependendo do índice definido pela Aneel.

Como os números finais da agência foram ainda menores do que a Celpe tinha pedido, não será necessário que a Secretaria faça novas simulações.

O governador já teria elementos para decidir.

Mas Eduardo Campos ainda não ficou satisfeito com os índices definidos pela Aneel nesta quarta. “Os números do aumento diminuíram substancialmente, mas poderiam ser menores”, disse.

Segundo ele, só hoje o governo teve acesso às planilhas de custo da Celpe.

O governador vai conversar ainda esta noite com o sercretário de Recursos Hídricos do Estado e especialista em energia, João Bosco, que representou o governo na audiência da Aneel em Brasília.

Eduardo insiste que ainda é possível lutar em três frentes para tentar diminuir ainda mais os índices ajustados pela Aneel: conversar com o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, o que acontece nesta quarta (25), em Brasília; dar continuidade à pressão junto à Aneel; e cobrar velocidade da justiça federal onde correm processos do Ministério Público contra a Celpe.

No encontro desta quarta com o ministro Rondeau, Eduardo deve conversar, entre outros assuntos, sobre a retirada da Termopernambuco das contas dos consumidores pernambucanos e a mudança no cálculo das perdas da Celpe.

Uma das principais promessas de campanha de Eduardo Campos foi baixar a conta de energia.

Há duas semana, ele disse em debate na Rádio Jornal, que iria esperar a definição da Aneel para decidir o quanto iria reduzir o índice de ICMS incidente sobre a conta.

A decisão do governador ficou para o início de maio.

Mas o aumento começa a vigorar já a partir do próximo domingo (29).

O reajuste médio será de 2,45 % (a Celpe tinha pedido 6,43%): 0,79% para residências e 5,68% para consumidores de alta tensão - grande comércio e indústria.

O foco do governo do Estado com a redução do ICMS é beneficiar os consumidores que pagam até R$ 100,00 por mês.

A Secretaria da Fazenda estima que, com a medida, o Estado terá uma perda de arrecadção de até R$ 54 milhões por ano.