Três diretores da Associação de Cabos e Soldados (ACS) levaram ao Palácio do Campo das Princesas nesta terça (24) a insatisfação dos associados com o pacote de medidas do governo para oxigenação da PM. "Tá faltando oxigênio na base", disse o diretor de Imprensa da entidade, Luís de Melo. "Recebemos muitos telefones de pessoal insatisfeito com as medidas propostas".
Segundo ele, o clima é de frustração.
Os diretores da ACS reuniram-se no final da manhã, no Palácio do Campo das Princesas, com o chefe da Casa Militar do Governo do Estado, Coronel Mário Cavalcanti.
E esperam para esta tarde a definição de uma data em que terão resposta sobre as reivindicações apresentadas hoje.
De acordo com o deputado estadual Soldado Moisés (PSB), que preside a ACS, existem pontos no pacote de medidas que não atendem aos anseios da tropa e muito menos às sugestões da entidade.
Ele e o presidente da associação que representa os oficias, capitão Vladimir Assis, foram recebidos pelo governador Eduardo Campos na semana passada para falar sobre o projeto.
E estavam otimistas.
Mas o anúncio das medidas ficou aquém do que esperavam.
Assis chegou a divulgar uma nota sobre o assunto (veja post mais abaixo).
OXIGÊNIO Segundo o diretor de Imprensa da ACS, o principal ponto de descontentamento com o pacote do governo é que, na prática, não haverá oxigenação na base.
E, em alguns casos, o plano tira até um pouquinho do ar que já era pouco.
Atualmente, a PM conta, por exemplo, com 1.905 cabos.
O plano do governo autoriza que este número suba para 2.765, mas essa determinação já estava prevista desde o governo anterior.
Faltava o governador Eduardo Campos assegurar que os cargos fossem prenchidos, o que não aconteceu.
O problema se repete quanto aos sargentos, que hoje são 900.
Confirmando previsão já existente, o governo simplemente autorizou uma elevação desse total para 1.792 cargos.
O que não quer dizer que serão providos.
No caso dos bombeiros, o pacote lançado na segunda foi ainda pior, de acordo com Luís de Melo.
As autorizaçõe do governo ficaram abaixo das estimativas sobre a necessidade da corporação. "Perdemos mais de 200 vagas que estavam previstas", conta o o diretor da ACS.
Com a palavra, o Governo do Estado.