Embora o Maison d´Odete já tenha sido reaberto desde as 17 horas desta segunda (23), sua comandante, a empresária da noite Odete Ferreira de Miranda ainda não chegou ao local. “Para ser sincera, estou um pouco receosa”, diz Odete, que falou com o Blog, por telefone, antes de sair para o Maison.
Ela deveria chegar à sua casa de shows, em Candeias, por volta das 21 horas.
A empresária diz que ter sua imagem estampada na imprensa nos últimos dias alterou sua rotina.
Pessoas passaram a reconhecê-la na rua. “Quando alguém se aproxima, não sei o que vai fazer”, conta. “Minhas pernas tremem”.
Por enquanto, as demonstrações foram sempre para o bem.
No final de semana, por duas vezes, pessoas pediram para tirar fotos com ela.
As duas situações se passaram no Aeroporto Internacional do Recife.
Na primeira, um pai pediu para que ela tirasse uma foto com seu filho pequeno.
Na outra, uma mulher colocou o marido ao lado da empresária e disparou o flash.
Com o seu consentimento, claro.
Por via das dúvidas e por segurança, os advogados da empresária já desaconselharam esse tipo de fotos.
PSIQUIATRA Nesta segunda, a empresária ligou para um famoso psiquiatra do Recife, que ela já conhece há algum tempo, e pediu para marcar uma sessão. “Minha frustração maior é que alguém pense que fui capaz de vender uma criança”, afirma. “Liguei para o meu psquiatra para que ele possa juntar os pedacinhos de mim”.
Odete não preparou nada especial para reabertura do Maison hoje.
Mas está tentando falar com Reginaldo Rossi para fazer a festa que foi adiada há duas semanas quando ela foi presa no Recife pela polícia gaúcha.
ELEIÇÃO Uma eleição realizada numa rádio nesta segunda deu a Odete 60% dos votos dos ouvintes para a prefeitura do Recife. “Muita gente me pede para eu me candidatar, mas não quero me envolver com política”, explica. “Você tem que ser muito preparado e eu não tenho curso superior”.
Odete Ferreira de Miranda foi presa no último dia 11 de abril, em seu Maison, em uma operação conjunta da polícia gaúcha e da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente de Pernambuco (GPCA).
Ela foi acusada de liderar uma quadrilha de tráfico e prostituição de menores gaúchas.
Odete chegou a ficar cinco dias presa em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Mas, por falta de provas, foi liberada.
De qualquer modo, a polícia de Gravataí continua fazendo diligências que possam ligá-la ao bando.
Os advogados de Odete esperam a conclusão do inquérito para entrar com ação de indenização por danos morais.
Os alvos podem ser o Governo do Rio Grande do Sul, o de Pernambuco ou os dois.
Daqui a pouco, mais sobre Odete e o Maison.
Não perca.