O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Jorge Corte Real, disse agora há pouco ao Blog de Jamildo, que ficou perplexo com o aumento solicitado pela Celpe, de até 16,92%.

No caso do pleito deste ano, o tal reajuste médio seria de 6,43%.

No caso das indústrias, o reajuste pode ficar em cerca de 14% ou menos.

No caso dos clientes residenciais, a variação pode ficar em torno de 4% ou menos. “É altíssimo.

Ainda mais se levarmos em conta que já foi dado um aumento grande em 2005 e 2006.

Ou seja, é sobre uma matriz, uma base já elevada”, ponderou o empresário. “Vamos continuar tendo uma das energias mais caras do país”.

O pleito foi apresentado no dia 20 de março e mantido em segredo pelo ocupado presidente da empresa, desde então.

Depois de muito suspense, a Agência Nacional de Energia Elétrica informou oficialmente o índice hoje A federação avisa que não vai suportar o impacto do novo custo. “Quem vai pagar é a sociedade.

Não há dúvida que eles serão repassados para os preços.

Os empresários podem arcar com uma parte, mas não com tudo. É ruim para a sociedade.

Depois que sair o percentual definitivo, na próxima terça-feira, a federação deve reunir a equipe técnica para avaliar os impactos e adotar uma tomada de posição. “O problema é que a Aneel só quer dar o remédio depois de matar o doente”, afirmou, numa referência à Aneel, que já admite autorizar a Celpe a não comprar energia da térmica, para diluir os custos, mas somente no final do ano, após estudos.

No último reajuste da Celpe, em abril do ano passado, a empresa recebeu um reajuste de 19,82%, com impacto médio de 8,59%, uma invenção da área técnica, como se alguém pagasse uma conta média.

Sendo 4,65% para os clientes residenciais e 16,66% para os clientes industriais.