O deputado federal Paulo Rubem Santiago, do PT, respondeu agora há pouco a nota de Jarbas e Mendonça, criticando mais cedo Eduardo Campos por ceder à pressão da Caixa para pagar o contrato da Compesa como dívida e não como antecipação de receitas.
Ele declara-se surpreso com nota enviada à imprensa pernambucana, sobre a antecipação de receitas que impossibilita o Governo Eduardo Campos de tomar novos empréstimos junto à Caixa Econômica O deputado federal Paulo Rubem diz que o título da nota em resposta deveria ser \O Caso Caixa-Compesa: Fato estarrecedor é a falta de verdade e o cinismo de Jarbas e Mendonça.
No texto, o petista afirma que os ex-governadores "deveriam pedir desculpas ao estado pela situação criada com a operação, em vez de acusar o atual governo de Pernambuco pela alternativa encontrada visando solucionar o conflito".
Coordenador da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção, Paulo Rubem condena a solução defendida por Jarbas e Mendonça ("o uso do prestígio junto ao Governo Lula") e pergunta "mesmo que essa visão prevalecesse, porque os mesmos não usaram a mesma relação de prestígio que tinham, por oito anos, no Governo FHC?" O deputado explica ainda, em seis pontos, todo o processo que o Governo Jarbas realizou para fazer a operação. "O contrato foi reformulado três vezes e a maior prova da ilegalidade foi a apresentação por Jarbas, de novo projeto à Assembléia Legislativa, em 2005, omitido na nota enviada à imprensa".
Paulo Rubem era deputado estadual na época da realização da operação que endividou o Estado e acompanhou detalhadamente o caso, tendo inclusive participado de audiência no Senado, em 11 de setembro de 2001, que analisou o caso, mas não discutiu o mérito da questão.