O repórter Giovanni Sandes, setorista de Turismo do Jornal do Commercio, desmonta, em dois tempos, as argumentações contrárias ao projeto hoteleiro dos portugueses apresentado para a Casa do Governador, em Porto de Galinhas.
Nesta quarta-feira, neste espaço, o intrépido Nen Batatinha, presidente da Câmara dos Vereadores de Ipojuca, alegou que estava posicionando-se contra a obra porque a empresa TD Hotels não dava garantia de contratar gente local e levantava ainda suspeição com problemas ambientais.
O jovem repórter lembra que, ainda em 02 de junho do ano passado, o JC informou que, dos 110 hectares que compunham originalmente o terreno, apenas 70 hectares foram licitados, por razões ambientais.
No entanto, o edital de licitação ainda determina a preservação de outros 7 hectares.Naquela data o JC revelava que a Casa do Governador, em Porto de Galinhas, foi, enfim, vendida pelo governo do Estado.
Imóvel daria lugar a um grande complexo de hotéis Mais recentemente, em março, em torno dos 3 empregos, o próprio grupo anunciou que montará uma escola, na cidade, para capacitar os empregados.
Pode ser que Nen Batatinha tenha alguma informação que desabone o grupo estrangeiro, para não acreditar no anúncio.
Seria legítimo e útil que a divulgasse publicamente.
Nós desconhecemos.
Sobre a omissão do prefeito Pedro Serafim, do PMDB, temos a nossa própria opinião, mas é justo que ele próprio defenda-se, se é que não concorda com o outro.
O engraçado de tudo isto é que o secretário de Turismo, José Chaves, e o presidente da Empetur, José Alan, em tese os principais interessados em atrair novos investimentos e novas bandeiras para vender nosso turismo lá fora, nada falam.
Veja o texto publicado em Economia, no dia 31 de março deste ano: TURISMO II Idéia da empresa é capacitar os 3 mil futuros empregados O grupo Teixeira Duarte planeja construir uma escola técnica, no município de Ipojuca, para qualificar a mão-de-obra que será empregada no complexo turístico-hoteleiro que pretende erguer na Praia de Porto de Galinhas: dois hotéis, um centro de convenções e um centro comercial que, juntos, empregarão 3 mil pessoas diretamente.
Mas a escola depende da assinatura, com o governo do Estado, do contrato de venda do imóvel de 70 hectares, conhecido como Casa do Governador, arrematado pelo grupo por meio de uma licitação concluída em junho do ano passado. "Temos o projeto de construir uma escola de formação na área de turismo para aproveitar mão-de-obra local.
Essa é a nossa idéia principal", disse, por telefone, o porta-voz da Teixeira Duarte, José Pedro Cobra Ferreira.
Em nota encaminhada à reportagem, ele também falou sobre o assunto: "Aproveitamos para reforçar a nossa preocupação em termos de responsabilidade social, anotando a firme vontade já manifestada junto do governo do Estado de criar as condições para contratar junto da população local os recursos humanos necessários para o empreendimento, dotando o município (de Ipojuca) dos meios de formação profissional que se venham a revelar necessários." A proposta da Teixeira Duarte pelo terreno foi de R$ 36,01 milhões pela área de 70 hectares – um ágio de 1,5% sobre a avaliação do imóvel pela Caixa Econômica Federal (CEF).
Mas a área original era de 110 hectares.
O restante do terreno foi destinado à preservação ambiental.