Em entrevista exclusiva à TV Jornal, a empresária da noite Odete de Miranda, 49 anos, desmentiu que vá divulgar uma lista de clientes. "Nem agenda eu tenho", disse. "Isso é alguém querendo meter medo nas pessoas".

Odete também contou que está se sentindo muito injustiçada. "Tenho até vergonha de imaginar que alguém pense que isso seja verdade", desabafou, referindo-se à acusação feita pela polícia gaúcha de que ela seria gerente-geral de uma quadrilha de tráfico e prostituição de menores aliciadas no Rio Grande do Sul.

Sobre as sessões de reconhecimento a que foi submetida na cidade de Gravataí (RS), onde estava presa desde a última sexta-feira, Odete não se surpreendeu que uma menor tenha achado a empresária parecida com uma integrante da quadrilha. "Lógico que teria que achar parecida, se já tinha imagem minha na televisão, se o nome Odete Ferreira de Miranda já estava escancarado", avaliou.

A empresária foi liberada pela polícia gaúcha nesta quarta (18) por falta de provas.

Agora, seu advogado, Marconi Dias, quer receber uma certidão oficial da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA) de Pernambuco sobre as informações repassadas pela instituição à polícia de Gravataí.

Foram esses dados que serviram de base para a prisão temporária de Odete Miranda.

Segundo Dias, a dona do Maison D´Odete respondeu a dois processos por rufianismo e favorecimento à prostituição em 2003 e foi absolvida.

Em nenhum deles havia acusações sobre aliciamento ou prostituição de menores. "Se ficar comprovado que a GPCA passou informações inverídicas sobre Odete à polícia de Gravataí, vamos interpelar a instituição judicialmente", disse ao Blog.