Depois que o deputado estadual João Negromonte, do PMDB, enviou uma nota oficial aos jornais, nesta quarta-feira, classificando o governador Eduardo Campos de irresponsável, aós entrevistas sobre a prisão de um dos integrantes do grupo de extermínio conhecido como “Thundercats”, o chefe do executivo prestou esclarecimentos ainda ontem mesmo.

Veja um resumo divulgado pelo Palácio do Governo.

Nós pegamos e conseguimos desbaratar os quatro maiores grupos de extermínio de Pernambuco.

Isso (o nome do deputado) não fui eu quem falei, hora nenhuma eu falei nome de deputado nenhum, no meio de um dos grupos há um líder que foi funcionário da Assembléia Legislativa de um gabinete de um deputado, que agora aparece.

Em hora nenhuma eu fiz qualquer co-relação entre atividade criminosa de um assessor parlamentar, por oito anos, de um deputado com a sua ação.

Nunca fiz isso.

Agora, já que ele falou, é preciso a imprensa verificar.

Houve um levantamento feito pela Polícia Federal, todo mundo sabe disso, pela Polícia Militar, pela Polícia Civil, desbaratou uma gangue que assombrava toda a área de jardim São Paulo, Planeta dos Macacos, Cavaleiros, toda aquela área.

Têm religiosos, associações, pessoas que prestaram depoimentos, pessoas que foram mortas e quando foi comprovado, havia um assessor de gabinete de um deputado há oito anos.

Isso…não estou com isso, nem falei o nome de deputado em lugar nenhum.

Você pode pegar na Rede Globo, como pode pegar em Geraldo Freire, hora nenhuma eu falei.

Inclusive por respeito ao deputado, por respeito ao tratamento que ele está fazendo e desejo o pronto restabelecimento dele.

Não fiz esse tipo de ação.

Não sei se as forças que o deputado compõe, teriam a mesma elegância e o mesmo princípio que nós tivemos, de hora nenhuma fazer…

Era um cargo comissionado.

Não era um funcionário da Assembléia, era um cargo comissionado por oito anos, num gabinete de um deputado que eu nunca citei o nome.

O deputado agora que veio falar.

Eu falei respondendo à imprensa.

Se eu estivesse atrás de fazer qualquer ato de irresponsabilidade, eu teria feito no primeiro momento, quando foi revelado eu teria politizado.

Acho que segurança pública não é coisa para se politizar a esse termo.

Agora, já que essa questão foi levantada. É preciso que a sociedade fale e que o deputado tenha oportunidade de falar e dar a sua versão ao caso.

Eu não dei versão nenhuma.

Eu não falei hora nenhuma.

Acho que ele foi infeliz no momento que fez essas críticas, porque essas críticas não correspondem ao tratamento e ao padrão que eu dei a ele.

Eu sei que ele está enfermo.

Liguei para o filho dele tempos atrás perguntando pela saúde dele, nos colocando à disposição.

Tenho respeito pessoal pelo deputado, nunca o tive como alguém envolvido em qualquer atividade criminosa.

Mas o fato, você que é jornalista sabe, o fato é o fato.

Existe um bandido líder de uma quadrilha que matou muitos pais de família, que durante oito anos serviu numa função comissionada no gabinete de um deputado que ele mesmo é quem está se apresentando para dizer por quê motivo convocou essa pessoa para ser seu assessor durante oito anos.