O prefeito do Recife, João Paulo, advertiu o presidente do diretório municipal do PT, Oscar Barreto, na tentativa de encerrar a polêmica em torno da filiação de mais de três mil novos militantes ao partido, no Recife - atraídos, em sua maioria, pela tendência majoritária Unidade na Luta (UL), liderada pelo secretário estadual de Cidades, Humberto Costa. “Eu pedi a Oscar para a gente parar um pouco (de fazer declarações públicas), baixar a poeira e ponto final!”, relatou João Paulo, evitando estender o assunto.

Integrante da corrente Democracia Socialista e um dos nomes da confiança de João Paulo, Oscar Barreto vinha criticando severamente a movimentação da UL em busca de novos militantes.

O dirigente chegou a suspender as filiações.

O presidente estadual do PT e integrante da UL, Dilson Peixoto, informou que as novas fichas de filiação já passam de quatro mil e foram encaminhadas ao Tribunal Regional Eleitoral. “Na prática, todas as filiações estão valendo.

O PT é um partido de massa e não deve promover qualquer ato para coibir adesões", disse. 2008 Diante do impasse entre as diversas tendências do PT e do desgaste gerado pela troca de acusações via imprensa, a Unidade na Luta (UL) convocou para esta quarta (18), às 11h, uma entrevista coletiva no Recife Praia Hotel, no Pina.

As principais lideranças da tendência – Humberto Costa e Dilson Peixoto – pretendem pôr um fim ao bate-boca acerca das novas filiações e às especulações em torno da sucessão municipal de 2008.

Humberto garantiu, em nome da UL, que “nenhum quadro” vai participar de processo de prévia política para escolha do candidato à Prefeitura do Recife. “Delegamos a João Paulo a coordenação desse processo.

O prefeito pode ficar tranqüilo porque ele é quem vai definir, em última instância, o candidato do partido”, declarou. “Enquanto não provar minha inocência na armação política feita por alguns maus elementos do Ministério Público, não pretendo participar de eleições majoritárias", disse o secretário, referindo-se aos processos que enfrenta na Justiça, da época em que era ministro da Saúde no primeiro governo Lula. (Com informações da Editoria de Política do JC)