Liberada pela polícia de Gravataí (RS), que não tinha provas materiais de sua participação em quadrilha de tráfico de menores gaúchas, a empresária da noite Odete Ferreira de Miranda, 49 anos, comprometeu-se em colaborar com as investigações.
A dona do Maison d’Odete, a casa de shows mais famosa do Grande Recife, deve desembarcar no Estado nesta quinta (19), por volta do meio-dia.
E na sexta concederá entrevista coletiva.
Na manhã desta quarta (18), os advogados de Odete entraram com pedido de revogação da prisão temporária na Justiça do Rio Grande do Sul.
No entanto, o delegado Paulo Costa Prado liberou a empresária antes que o pedido fosse apreciado.
De qualquer modo, segundo o chefe de investigações da delegacia de Gravataí, Adilson Silva, a empresária está sujeita a ser presa novamente. “Existem indícios que apontam para sua participação.
Sem sombra de dúvidas, será indiciada.
Estamos fechando o cerco”, afirmou.
A quadrilha de aliciadores agiria no Rio Grande do Sul, raptando menores para serem explorados sexualmente em outros Estados, inclusive Pernambuco. “Conforme relatos de envolvidos, eles teriam raptado cerca de 30 crianças em um ano e oito meses.
Mas agora, com o avanço das investigações, muitas provas foram destruídas e suspeitos estão fugindo”, revelou Silva.
Até o momento, sete pessoas foram detidas.
Há mais quatro mandados de prisão a serem cumpridos.
A Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente de Pernambuco (GPCA) tem apoiado o trabalho.
Um casal detido em Minas Gerais, na semana passada, citou o nome de Odete como uma das líderes do bando.
Adão Ruood e Sandra Campos mantinham garotas em cativeiro na cidade de Delta.