Leia nota da assessoria de Nen Batatinha, em resposta ao comentário feito logo cedo, criticando sua oposição ao projeto hoteleiro previsto pelos portugueses do TD Hotéis para a Casa do Governador, uma obra que irá gerar mais de 3 mil empregos: O presidente da Câmara de Ipojuca Nen Batatinha tem se posicionado contra o mega-complexo proposto pelo Grupo Teixeira Duarte para o terreno do Governo do Estado, em Porto de Galinhas, porque a empresa não garante que os 3 mil empregos gerados, na obra e manutenção dos 2 resorts, no centro de compras e nas demais instalações idealizadas no projeto, avaliado em R$ 250 milhões, serão ocupadas pelos moradores da cidade.

O vereador não está levantando a bandeira em favor dos hoteleiros, mas sim tem procurado analisar que benefícios e impactos esta obra trará aos moradores de Ipojuca, que correm o risco de ficar, mais uma vez, à margem do processo de desenvolvimento, como vem ocorrendo ao longo dos anos. "A maioria da população local vive em situação de miséria nas periferias de Porto de Galinhas, enquanto esses grandes investimentos, que têm como público alvo as camadas mais abastadas da sociedade, vão tomando conta de todo o balneário", diz Nen Batatinha.

Já que a Prefeitura se omite em defender o interesse da população, a Câmara de Vereadores propõe que o projeto seja reavaliado e que os habitantes sejam os maiores beneficiados pela utilização da área, que está localizada à beira mar de Porto de Galinhas, distrito do município do Ipojuca, conhecido internacionalmente como um dos destinos turísticos mais importantes do Brasil e, seguramente, o mais importante do Estado de Pernambuco.

Por fim, o presidente da Câmara ressalta que o citado terreno corresponde à última área verde de propriedade pública com características ambientalmente únicas no município: à beira mar, fronteiriço à formação dos famosos arrecifes com piscinas naturais, abriga o coqueiral e contém área de preservação do manguezal. "Que garantias de preservação do meio ambiente o grupo hoteleiro apresenta?

As pessoas deixam para pensar nisso depois, ninguém quer o desenvolvimento de maneira planejada.

Isso é lamentável, porque a população nativa depois é que vai arcar com as conseqüências", defende Batatinha.

E conclui: "Fomos mal interpretados.

Não somos contra a geração de empregos, pelo contrário.

Só estamos querendo que a população tenha garantias de que o terreno localizado no município será explorado de forma sustentável, ou seja, preservando o meio ambiente e gerando renda para os munícipes".